Coquinho
Colaborador
Nas últimas semanas, a regra que muda o critério de como preencher as vagas do CT 2022 dividiu as atenções com as etapas de Portugal e França da Challenger Series. Com a mudança, caso um surfista do CT fique entre os 12 que se classificam pelo ranking da CS, a vaga não irá mais obrigatoriamente para o atleta subsequente na classificação. Agora, a vaga é da WSL e caberá ao Conselho de Competições e Circuitos escolher o surfista para correr a divisão mais importante do Tour, como convidado de temporada.
Durante este tempo, duas etapas aconteceram na Europa, o tema foi ganhando corpo, os surfistas se uniram e entregaram um abaixo-assinado, que vocês verão na íntegra aqui, para a World Surf League, pedindo que a regra seja revista e que o critério técnico realmente prevaleça.
Com o abaixo-assinado, os atletas também abordam a baixa premiação. Os surfistas dizem entender a situação atípica de retorno às competições após a pandemia, mas deixam claro que querem que o valor aumente na próxima temporada. O ponto principal, porém, como sabemos, é a dupla qualificação. Os atletas colocaram as cartas na mesa, pressionando a WSL, que provavelmente vai esperar o fim da temporada para fazer suas escolhas. O que acontece agora, é que, na hora de tomar a decisão, a entidade saberá que poderá desagradar muita gente, inclusive a opinião pública, caso não use critérios técnicos.
O abaixo-assinado, na verdade, foi enviado apenas na sexta-feira, dia 29, e mostrou uma união que andava ausente entre os atletas que disputam a chamada segunda divisão do surfe. Até pelo número muito grande de surfistas, qualquer movimento fica mais difícil. Desta vez foi diferente, os atletas se organizaram e criaram uma comissão informal, com representantes de cada região num grupo de Whatsapp, ganhando representatividade e tornando possível a elaboração e criação do abaixo-assinado, que é de surfistas e trabalhadores da CS (basicamente treinadores).