O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino grosso, é o terceiro tipo mais frequente no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país registra aproximadamente 44 mil casos anuais da doença, o que corresponde a uma incidência de 21,10 casos por 100 mil habitantes – 70% dos diagnósticos estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.
Esse tipo de neoplasia surge a partir da multiplicação desordenada das células do cólon e do reto, o que gera o surgimento de pólipos (pequenas massas que crescem na parede do intestino) que, por sua vez, podem evoluir para o câncer.
“Na maioria dos casos, o câncer de intestino grosso apresenta um prognóstico positivo e pode ser tratado quando diagnosticado nos estágios iniciais. Mas, para isso, é importante conhecer os fatores de risco e estar atento aos sintomas para que as medidas de prevenção sejam efetivas. Alteração do hábito intestinal, sangue nas fezes e emagrecimento sem explicação, são sinais de alerta e devem ser relatados ao médico”, explica Ricardo Guilherme Viebig, diretor técnico do Núcleo de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (MoDiNe) do hospital IGESP.
Assim como grande parte dos cânceres, o colorretal não tem uma causa definida, e os fatores genéticos são indicadores – ou seja, caso o indivíduo tenha histórico familiar, deve ficar atento às chances de desenvolver a doença. Também há relação com outros problemas intestinais que o paciente pode ter apresentado, como pólipos e lesões na parede do intestino, ou doenças inflamatórias intestinais. Pessoas com esse histórico clínico têm mais chances de desenvolver esse câncer.
Segundo Viebig, a alimentação saudável é uma excelente maneira de prevenção. “O consumo de alimentos ricos em fibras ajuda a cuidar da saúde intestinal e auxilia na manutenção da flora. Logo, uma dieta pobre em fibras, associada ao consumo excessivo de industrializados e carne vermelha, especialmente gordurosas, é considerada propulsora desse tipo de câncer”, ressalta.
Além da alimentação, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a falta de atividades físicas, a obesidade e a falta de cuidado com a saúde bucal são fatores de risco que devem ser considerados.
Em grande parte dos casos, o câncer colorretal se desenvolve de forma silenciosa, sem que o paciente apresente quaisquer sinais no estágio inicial. Porém, quando surgem, os sintomas podem variar conforme o tamanho e a região afetada, alterando o funcionamento do intestino. Alguns deles são: sangue e alteração da aparência das fezes, anemia, fadiga e cansaço, diarreia ou constipação, inchaço ou presença de massa no abdômen, cólica, dor ou desconforto abdominal, perda de peso e sensação de que as fezes não foram eliminadas mesmo após a evacuação.
Diagnóstico e tratamento
A maneira mais eficaz apontada como método de diagnóstico do câncer colorretal é a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. O médico do Hospital IGESP (Foto) pontua que esses exames são capazes de identificar e remover os pólipos antes mesmo de se tornarem cancerígenos. “A colonoscopia é muito eficaz no combate e na prevenção, isso porque é capaz de identificar precocemente a incidência do câncer, o que é de extrema importância para a cura. Ela detecta e remove os pólipos sem precisar de cirurgia e, se houver tumores pequenos, também são removidos, muitas vezes, sem complicações”, explica.
O especialista ressalta que, quando realizada regularmente, a colonoscopia contribui significativamente para a redução da mortalidade. “Costumava-se indicar que a primeira colonoscopia fosse realizada assim que a pessoa completasse 55 anos. Mas, nos últimos anos, a incidência da doença em pessoas com idades de 20 a 39 vem crescendo entre 1 e 2,4%. Portanto, o ideal é que o exame seja realizado já a partir dos 45 anos”, alerta. “Quando o câncer é detectado em estágio inicial, tem grande chance de ser tratado com sucesso, confirmando a importância do rastreamento e detecção precoce”, completa.
O tratamento para o câncer colorretal depende de inúmeros fatores, como localização, tamanho, extensão, se há metástase, se é indicada a retirada dos pólipos, radioterapia, quimioterapia ou intervenção cirúrgica. O câncer de cólon avançado não tratado pode ser fatal. Mesmo quando tratada, pode impactar significativamente a qualidade de vida do paciente devido aos efeitos colaterais do tratamento ou da cirurgia.
Sobre o Hospital IGESP
Fundado em 1956, o Hospital IGESP unidade Paulista, é um hospital geral de perfil cirúrgico e máxima eficiência. Atendendo aos rigorosos padrões globais de excelência e inovação, o hospital possui certificação internacional QMentum, nível Diamante, além do selo ONA III – Excelência. A rede conta com mais duas unidades hospitalares, o Hospital IGESP Santana (pronto atendimento) na capital paulista e o mais completo e moderno hospital da Baixada Santista, o Hospital IGESP Litoral, especializado em procedimentos de alta complexidade no atendimento adulto e infantil, dispondo de tecnologia de ponta em diversas áreas da medicina. Para mais informações acesse: https://hospitaligesp.com.br/
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